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As fake stores imitam lojas verdadeiras e tiram dinheiro do consumidor por meio de falsos boletos. Veja dicas de como se prevenir dessa fraude 

O aumento do consumo pelo e-commerce nos últimos dois anos, em grande parte pressionado pelas restrições de circulação impostas pela pandemia, teve como um de seus efeitos colaterais o crescente número de golpes aplicados pela internet. Empresas e órgãos especializados em cibersegurança estão agora alertando as pessoas para redobrarem seus cuidados e ficarem sempre atentas na hora de fornecer informações ou realizar pagamentos. As quadrilhas desse ramo são inventivas e constantemente elaboram novas táticas e métodos para enganar consumidores (e empresas).

Com a aproximação do fim do ano e das grandes datas do varejo como a Black Friday (que neste ano acontece no dia 26) e o Natal, um dos golpes que tende a crescer é o das lojas falsas (fake stores), que consiste em criar páginas na internet que simulam comércio eletrônico, muitas vezes com o layout idêntico com o de empresas famosas, e persuadir o consumidor a fornecer dados ou realizar alguma compra por aquele site. Obviamente, o dinheiro cai no bolso da quadrilha e o produto nunca chega às mãos do consumidor.

Conforme noticiou o jornal Extra, as práticas de criação de páginas falsas que simulam e-commerce, promoções fraudulentas e perfis falsos em redes sociais devem crescer 52% na Black Friday de 2021. Já o Comitê de Antifraude da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) lançou neste mês de novembro a "Cartilha de Segurança para o Consumidor Digital", descrevendo os golpes mais comuns aplicados no Brasil.

 

Como funcionam as fake stores

As fake stores se enquadram em um tipo de crime chamado de Phishing-as-a-Service (PHaaS). Trata-se do desenvolvimento de páginas falsas com o intuito de capturar dados bancários ou pessoais de usuários de modo a lucrar diretamente com a fraude ou preparar terreno para outros golpes.  

De acordo com um estudo do setor de Inteligência de Ameaças da Tempest, companhia especializada em segurança digital, o PHaaS é um esquema aos moldes de um negócio: há quem desenvolva e comercialize as páginas falsas e há quem compre ou alugue esses endereços para aplicar as fraudes em terceiros.   

No caso das lojas falsas, o usuário é conduzido a fornecer dados de cartão de crédito ou até mesmo a emitir e pagar boletos falsos criados em bancos digitais e associados a “contas laranjas”. Os criminosos conquistam a curiosidade e a confiança do consumidor na medida que utilizam a elementos gráficos e URLs semelhantes ao de varejistas renomadas no mercado, oferecendo produtos a preços abaixo do normal.

“Fraudes relacionadas ao uso de fake stores não são novidade no Brasil, mas o que chamou a atenção dos pesquisadores neste caso foi o fato da plataforma oferecer recursos para a comunicação dos fraudadores com as vítimas, mecanismo este utilizado até que o boleto fosse pago”, publicou a Tempest em um dos seus artigos.

 

Dicas para identificar uma fake store

Entretanto, por mais bem articulada que esta fraude possa parecer, há inúmeras formas do consumidor detectar as fake stores e fazer distinção entre um site de e-commerce confiável e outro pouco ou nada seguro.

Se você, por exemplo, está procurando por lojas que ofereçam produtos da Benmax, pode começar a conferir quais são nossos revendedores (clique aqui para checar nossos parceiros). Saber de antemão em quais marcas você pode confiar reduz o risco de ser enganado por propostas, muitas vezes tentadoras, de uma loja fake. A mesma dica é válida quando se vai pesquisar outros produtos específicos pelo e-commerce.   

Outras dicas são:

1. Preços abaixo do normal

De saída, é importante desconfiar de anúncios apelativos, com preços que estejam muito abaixo da média do mercado. Golpistas sabem que o consumidor tende a ser atraído por preços reduzidos ou “ofertas imperdíveis” e comprar por impulso, baixando a guarda. Se o valor de um produto parecer suspeito, faça novas pesquisas e compare com o de outras lojas.   

2. URL

Verifique sempre se o endereço eletrônico (URL) é realmente o da empresa. Uma das táticas desse tipo de golpe é usar um endereço muito parecido com o original, modificando-se apenas uma letra ou pontuação. Confirme também se há o ícone de um cadeado fechado na barra de endereço. O cadeado HTTPS indica que a conexão com aquele site é criptografada e segura.

3. Selos de segurança:

Em geral, sites de e-commerce confiáveis disponibilizam selos de segurança, de avaliação de consumidores ou mesmo de empresas como Google, PayPal e McAfee. Para saber se são verdadeiros, clique sobre eles: lojas reais disponibilizam informações detalhadas ao se clicar num selo.

4. Reputação online da empresa

Faça uma pesquisa nas páginas em que os consumidores se manifestam livremente. As redes sociais são bons lugares para se descobrir o que os consumidores pensam e opinam sobre uma empresa. Se ela apresentar problemas, sem dúvida também haverá muitas queixas publicadas. Outro site adequado para conferir a reputação de um negócio é o Reclame Aqui, que registra as reclamações e as notas do consumidor, a taxa de respostas da empresa e índices de solução. 

5. Whois

O WHOIS é um protocolo para se consultar informações sobre domínios na internet. No Brasil você pode checar diversas informações sobre uma página ao fazer uma pesquisa de URL pelo https://registro.br/2/whoisA ferramenta disponibiliza informações como data de criação do site, CNPJ, nome do responsável, nome titular da empresa, entre outros dados que servem para verificar a veracidade da página e a que empresas ou pessoas ela está atrelada. 

6. Google

O Google utiliza vários critérios para posicionar os resultados de uma busca e dificilmente reencaminha o usuário para uma loja fake. O buscador também oferece uma ferramenta que analisa o nível de transparência da página e indica se há elementos suspeitos nela. 

7. Canais de comunicação

Cheque se o site da empresa oferece canais de atendimento ao cliente ou se há algum meio de tirar dúvidas ou registrar reclamações. Se houver, fique atento ao comportamento das respostas. Muitas fake stores oferecem também um canal de comunicação falso com o cliente, apenas para reforçar a ilusão do golpe.

8. Mensagens e anúncios

Criminosos por detrás das lojas fakes também utilizam táticas de divulgação para os seus “negócios”, apostando em serviços de ferramentas de SPAM. Tome cuidado com as mensagens SMS ou de Whatsapp que você recebe no celular. Não clique em links que você achar suspeito, não faça download de anexos e nem responda ou forneça dados pessoais ou bancários para terceiros. Cuidado também com anúncios apelativos ou que apelem para o imediatismo como “ofertas relâmpagos”.  

9. Formas de pagamento

Lojas virtuais confiáveis dispõem de várias formas de pagamento e aceitam as principais bandeiras de cartão de crédito. Neste sentido, suspeite de sites que apresentem poucas possibilidades de pagamento (como apenas boleto bancário, pix ou transferência bancária). O golpe das fake stores, por exemplo, sustenta-se em conduzir o consumidor por um meio de comunicação falso até que ele realize o pagamento de um boleto.